Freud sempre foi um filho dedicado e, no fim da vida, visitava a mãe todo domingo. Quando ela morreu aos 95 anos, em 1930, Freud escreveu a um amigo psicanalista: “Eu não tinha liberdade de morrer enquanto ela estivesse viva, e agora tenho”. Freud sobreviveria somente nove anos à mãe.

   Freud casou aos 30 anos com Martha Bernays, em 1886. Não casou virgem, mas suas experiências sexuais anteriores ao casamento foram com “profissionais” e esparsas. Pouco depois de conhecer Martha (cinco anos mais moça), em abril de 1882, Freud mandou-lhe uma rosa vermelha. “A primeira conversa em particular foi numa caminhada ao ar livre em 31 de maio. Em 15 de junho, Freud escreveu a ela a primeira do que seriam milhares de cartas de amor; a resposta dela foi ‘um suave aperto de mão sob a mesa’. Dois dias depois, ele a pediu em casamento; eles ficaram noivos de forma secreta e extraoficial — Freud acreditava que um estudante sem meios e de visões firmemente não religiosas seria inaceitável para a família da moça.

   O rumor mais intenso que cerca a vida sexual de Freud é a relação com a cunhada, Minna Bernays. Depois da morte do noivo, ela trabalhou por algum tempo como governanta e dama de companhia; prestou ajuda à irmã nos nascimentos sucessivos dos seis filhos de Martha e acabou ficando: “Minna tinha 34 anos quando se instalou na casa dos Freud e estava resignada, havia muito tempo, com a perspectiva de nunca se casar”. Segundo Appignanesi-Forrester: “Enquanto Martha era pequena e delicada, ‘espirituosa porém muito raramente ferina’,Minna era grande, imponente, autoconfiante, enérgica e cheia de opiniões”. Freud a chamou certa vez de “minha confidente mais próxima”.


Por Lyvya Reinoso

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